João Gomes Cravinho, ministro dos negócios estrangeiros de Portugal, filho do ex-ministro João Cravinho, natural de Malange (1936), chega hoje a Luanda.
Angola e Portugal realizam, esta terça-feira, em Luanda, a Sessão Plenária da Comissão Mista Intergovernamental, cujo programa prevê assinatura de um acordo de cooperação.
Internacionalmente o momento é de valorizar e rentabilizar a CPLP, mas é, também, a hora certa para dar mais transparência e colocar na mesa alguns irritantes que não podem ser escamoteados.
Portugal tem hoje uma grande condescendência para com os agressores da República de Angola, em nome da democracia não pode valer tudo, Jean-Jacques Rousseau, definiu bem a relação entre o Estado e o Cidadão.
Há tendência nestes conclaves em abordar questões que ocultam pormenores que fazem emperrar o normal funcionamento das relações, não estar de acordo ou ser opositor não é o mesmo de ser mentiroso, e enxovalhar com intriga como tem acontecido, publicamente, em Portugal, com detratores cobardes como ACJ, Chivukuvuku, a UNITA, e alguns ativistas clandestinos foragidos porque da fraude e sabotagem o seu Modus Vivendi.
Também a inoperacionalidade da justiça coloca na diplomacia a responsabilidade da exigência da decência e respeito, a recente penhora pela CGD através do Tribunal da Relação de Lisboa de bens arrestados pela justiça angolana, é de uma oportunidade mal intencionada subjacente à presunção de superioridade colonial, intolerável e que merece estar hoje na mesa da reunião.