As mudanças pensadas, estruturadas, são normais e necessárias, exigem coerência, coragem, e fundamentação para sustentar credibilidade, é isso que faz de um governante um estadista, é isso que faz de um homem um cidadão exemplar.
João Lourenço em 5 anos mudou a face de Angola no mundo, ganhou a confiança dos seus pares, o respeito das instituições e fóruns internacionais, o mundo confiou-lhe tarefas que ilustram a grandeza do seu governo no balanço das estratégias do mundo.
Lula da Silva viaja pelo mundo em busca de protagonismo político que lhe permita recuperar a sua credibilidade, danificada por uma prisão por corrupção nunca desmentida. O presidente do Brasil é instável intelectualmente, é frágil politicamente, e arrasta-se em passadeiras vermelhas da hipocrisia em busca de holofotes que eliminem as sombras das suas insuficiências.
Defendeu Putin e a Rússia em Pequim, a demagogia na China não cola, e nem foi preciso esperar muito para que o homem do PT que deseja colocar o Brasil no palco internacional, porque uma semana depois chega à Europa defendendo o contrário e apoiando a Ucrânia, não tendo capacidade para se manter equidistante e manter a grande Nação brasileira à tona dos árbitros credíveis para os desafios do mundo.
Mais, iniciou uma visita a Portugal repleta de ambiguidades, convidado e desconvidado para a solenidade do 25 de Abril, chegou ao hotel um dia antes e entrou pela porta da serventia dos fundos, isto quando o governo português é fustigado por casos de corrupção e incompetência governativa, que resume a viagem de Lula da Silva ao trivial protocolar e contatos privados entre governantes visados pelos mesmos problemas de ausência de probidade pública.
Lula da Silva, não obstante presidir um país de dimensões continentais, falta-lhe a postura de João Lourenço que enfrenta os vendavais que sopram, muitos deles de Portugal e do Brasil, e isso parece estar a incomodar as fronteiras marxistas erguidas pela nomenklatura que em nome de uma solidariedade pérfida, assume-se como dona disto tudo fundamentalizada numa servidão voluntária.
É necessário implementar um debate sério, frontal, há tiques ancestrais que prevalecem, entre iguais parece haver uns mais iguais que outros, e para muitos imbecis parece que África continua a ter de carregar o saco às costas.