Ontem noticiámos o esquema do TEAM JORGE, um alegado grupo israelita especialista em disseminar falsas informações para influenciar eleições.
Qualquer pessoa minimamente atenta à realidade angolana vê que as “notícias” nas redes sociais são quotidianas e têm, geralmente, como objetivo atacar os titulares dos órgãos de soberania e outros órgãos relevantes
Percebe-se, que, neste momento, a campanha está centrada em parar o funcionamento dos órgãos de justiça. O ataque oscila entre o presidente do Tribunal Supremo e a presidente do Tribunal de Contas.
A nossa postura editorial tem sido não fazer juízos de valor. Percebemos que há uma campanha em curso, mas não sabemos se baseada ou não em factos reais.
A reação só poder uma. Uma reação institucional em busca da verdade e implicando consequências. Quando surgem estas denúncias como as que agora afetam este dois presidentes de tribunais, deve ser instaurado um inquérito pelas autoridades competentes.
Aliás sugerimos que o PGR passe a ter um departamento especial só para investigar rapidamente as denúncias mais graves que surgem nas redes sociais.
Depois dessa investigação, ou as pessoas são culpadas, e as instituições devem retirar as consequências devidas e demitir esses titulares, ou as pessoas são inocentes. E nesse caso, as consequências também devem ser retiradas: a punição criminal dos jornalistas, blogueiros, etc.
As instituições devem funcionar. Não pode haver impunidade, nem para uns, nem para outros. Quem fala verdade deve ser premiado. Quem mente deve ser punido.
O que assistimos agora é que cada um fica a dançar no seu palco. Os acusados publicamente fingem que não é nada com eles, deixando degradar a imagem dos órgãos de soberania.
Os denunciantes digitais também ficam no seu palco a dançar, nunca lhes acontecendo nada e preparando-se para a nova dança.
Não pode ser, as instituições devem ser protegidas e reagir. O país não pode ser governado por boatos das redes socias nem por indiferença dos titulares. Tem de haver reação, apuramento da verdade e punição dos prevaricadores. Uns ou outros.