Isabel dos Santos viu ontem a câmara municipal de Lisboa recuar na autorização da construção de um hotel de luxo no centro da capital portuguesa, depois da sua iniciativa ter sido publicamente denunciada. O que se estranha é como um processo destes avançou tanto e só por um triz não foi aprovado…Portugal terá, mais cedo do que tarde, que justificar muitos dos seus actos desde 2006 em relação a Angola.
No Dubai, o cerco a Isabel também se aperta. Ela cometeu um erro, pensou que os Emirados eram um país sem lei, onde o bakshish tudo comprava. Engano de Isabel.
Os Emirados querem ser uma plataforma de referência no mundo globalizado, fazendo pontes com a Europa e os Estados Unidos, Índia e China e Singapura. Para isso sabem que apesar de optarem por um regime legal leve e amigo dos negócios, esse regime legal tem de ser aplicado e conferir garantias de justiça. Caso contrário o Dubai entraria nas “listas cinzentas” e perderia o respeito mundial. Por isso, os dias de Isabel no Dubai estão contados.
As suas artimanhas vão sendo desmontadas. Recentemente, foi comprovada a existência de empresas criadas secretamente nos Emirados Árabes Unidos em nome da família do ex-presidente José Eduardo dos Santos. O grupo por trás destas empresas de gestão de riqueza, é a Helin International, que está sob investigação nos Estados Unidos, França, Suíça e Luxemburgo.
Agora só resta a Isabel refugiar-se, e ao que resta da sua fortuna, na Rússia. Mas é certo que aí não estará a salvo e fará parte de um acordo alargado de Putin.
Noutro Emirado dos EAU, Ras Al Khaimah surge Tchizé” dos Santos. “Tchizé” registou três empresas na zona livre RAK em 2015: a primeira, Leala Limited, está em seu nome; a segunda, Whorem Limited, foi criada para seu marido, Hugo André Nobre Pêgo; e a terceira, Hermitage Limited, pertence aos dois.
Cada uma delas foi criada pelo grupo de gestão de riqueza Helin International. Estas empesas estão ligados a contas abertas especificamente com o Banco de Investimentos dos Emirados Árabes Unidos. empresa em 16 de Fevereiro de 2015.
É evidente que as manas Santos e os associados do antigo presidente da República fizeram ( e fazem) os possíveis e impossíveis para esconder o dinheiro roubado de Angola e dificultar a actividade das autoridades enquanto lançam campanhas públicas para derrubar o governo, pagam á oposição e a activistas, criando um mundo de fantasia em que o real é apresentado como mentira, e a mentira como real.
Contudo, a persistência dá os seus frutos e o cerco vai-se apertando. Agora é preciso dar o golpe final: prender Isabel dos Santos e levá-la a julgamento público, retirando-lhe todos os bens ilegalmente obtidos. O mesmo se aplica a todos os outros.
É esta a única forma de afirmar a força do Estado angolano.