É perenemente saturante, começa a ser asfixiante, e já não tem retorno, o desgaste governamental é um facto, a credibilidade do Estado pode colocar-se em causa, e os indícios dizem-nos que adensa-se a ação sabotadora e arruaceira da UNITA/FPU liderada por ACJ.
E os sinais por demais evidentes repetem-se, viajou para Lisboa e Roma, reuniu com os saudosistas portugueses e os terroristas de Cabinda, e mexeu pedras no xadrez do Galo Negro com a exigência de fidelidade antigovernamental e ódio mortal a João Lourenço, fazendo de Angola terra sem lei.
Tirou o pelouro da comunicação ao contínuo Marcial Dachala, colocou-o à frente da Rádio Despertar depois de quase ter liquidado o anterior responsável. Para a informação nomeou Uvaldo Evangelista, um genro de Jonas Savimbi que poderia vir a ser um adversário na liderança.
Contra o estabelecido estatutariamente, à revelia da Comissão Política, está à força e com ameaças veladas, a colocar Nélito Ékukui na liderança da JURA para trazer Sapiñala para Luanda onde vai concentrar a partir de Fevereiro o grosso da arruaça.
E não adianta lançarem incompatibilidades de ACJ com Isabel dos Santos, o ódio a João Lourenço une-os, e os interlocutores são os mesmos, as metas e ambições complementam-se. A UNITA/FPU é hoje declaradamente uma organização terrorista de estado, e se não houver quem lhe ponha fim, as consequências vão ser dramáticas.
O Estado Republicano de Angola não dispõe de mecanismo constitucionais de tutela para escrutinar a ação dos Partidos políticos? Hoje a guerra das armas é a menos eficaz na conflitualidade urbana, e os mecanismos modernos de assalto ao Poder, de desvalorização do Estado e de ameaça constante à integridade física do Chefe de Estado, estão visíveis e patenteados no desfile arruaceiro do Galo Negro desde antes das eleições.
A factura começa a ser pesada para o país, não só pode haver recuos no investimento, como há uma fuga de Quadros para a emigração, que custaram muito ao país a sua formação e vão desenvolver outras paragens.
Insisto numa Nova República, um virar de página pós revolucionária, que estabeleça um tempo novo, com novas exigências e representatividades, João Lourenço vive internacionalmente um momento propício para levar avante tamanha responsabilidade, mas a História dos grandes estadistas escreve-se sobre grandes feitos.
Mãos à obra…