Há um claro bloqueio em Angola relativamente ao bom funcionamento das instituições. Vemos todos os dias tentativas de impedir o normal funcionamento dos vários órgãos de soberania.
Na Assembleia Nacional a UNITA obteve 90 deputados, mas não faz nada com eles, a não ser barafustar de vez em quando para dar sinal de vida. Não há propostas construtivas, ou sequer propostas. Só gritos, para serem amplificados na rua, onde a UNITA quer ganhar o poder seguindo a estratégia dupla de contestar, legal e ilegalmente, o governo. O certo é que a UNITA esvaziou a Assembleia, tornando-a apenas um balcão de venda da sua arruaça.
Na Justiça temos um PGR que nunca mais sai e tem o combate à corrupção parado. Nem Isabel dos Santos consegue levar 5 minutos para uma esquadra no Dubai…
Sobre o que se passa nos tribunais não falamos porque não somos juristas, mas impressiona o ataque constante ao Presidente do Tribunal Supremo. Talvez fosse melhor ter alguém mais consensual e que não fosse objecto de tantos ataques ou então exigir à PGR que castigasse os caluniadores. Este pântano que se vive é que não é admissível.
Há um Presidente da República firme nas suas políticas que são as mais certas para o país, mas que é impedido de concretizar muitas delas por sabotagem ou ignorância interna. Há um deleite diário em apresentar falhas imaginadas do Presidente da República. Falamos com membros da suposta elite que devia ajudar a governar e vemos maledicência. Tornou-se algo de doentio.
Tudo isto pode fazer aproximar Angola, que está numa senda reformista e de crescimento económico, duma situação pantanosa.
É altura de cortar o nó górdio da forma mais simples, que é acabar com o presente sistema e começar outro.