A recente viagem do Presidente da República ao Brasil tem sido objecto da mais vergonhosa campanha de desestabilização já vista. Há um momento em que o poder do Estado tem de agir com vigor, caso contrário, a descredibilização da autoridade e dignidade da República estarão em causa.
Comecemos pelo incidente com o Brigadeiro da segurança presidencial. Podemos admitir que o oficial-general não andou bem, reagiu precipitadamente. Mas a verdade é que já foi confrontado pela lei brasileira e eventualmente será disciplinado em Angola.
Contudo, o mais grave deste acontecimento tem sido escondido. Os factos são nítidos: temos um matulão que se auto-intitula “activista” a bater num senhor muito mais velho. Além duma cobardia, é um crime. Um crime de ofensas corporais( ou pelo menos tentativa). O dito “activista” deveria ser acusado por esse crime.
Além disso, assistimos a filmagens, seja da cena de pancadaria, seja de um suposto jantar, realizadas sem qualquer autorização dos intervenientes. É preciso lembrar que gravações vídeo não autorizadas são crime face à lei penal angolana (não sei, pois não sou jurista, qual a lei brasileira). Essas imagens não autorizadas foram amplamente divulgadas em Angola, por isso, constituem um crime em Angola.
Temos o matulão “activista” e os seus associados a cometer, pelo menos, dois crimes, puníveis pela lei de Angola, mas fingem que não se passou nada.
A PGR angolana nem se mexe, e a oposição divulga a sua história, esquecendo-se que estão a transmitir a prática de vários crimes.
É evidente que se o “activista” fosse processado iam logo chorar os restantes assalariados das forças do mal, invocando os direitos humanos. E os direitos humanos do brigadeiro, que foi insultado, vexado, difamado como corrupto, bêbado e mais uma série de insultos? Não existem direitos humanos para os defensores do governo? Só a UNITA e os “activistas” têm direitos humanos?
Estamos a assistir a uma situação vergonhosa que se aproxima da anarquia. O Estado não usa os seus mecanismos legais, a oposição ilegal tenta sempre derrubar o governo e não pára.
Sabemos que por detrás disto está o dinheiro de Isabel, dos generais descontentes e de vários empresários que ficaram sem rendas. Nada disto é real activismo, mas mercenarismo reles.
O segundo momento vergonhoso foi o suposto cancelamento da audiência de Lula com o Presidente da República. Se alguém andou mal neste caso, não foi João Lourenço, foi Lula que entusiasmado deixou prolongar os tempos das audiências, criando um quase incidente diplomático. O Presidente angolano agiu com dignidade e fez o que devia ser feito. Por alguma razão, Lula tem-se apressado a compor e corrigir o erro. Ainda bem que Angola tem um Presidente digno que sabe estar ao mesmo tempo que corre o risco de voltar a tentar colocar Angola no mapa. Nesta história quem esteve bem foi João Lourenço, quem esteve mal foi Lula.
Finalmente, voltam as histórias das comitivas e dos aviões. Nunca sabemos a veracidade dessas histórias. Mais mentiras.
O dinheiro flui para derrubar o Presidente livremente eleito de Angola. Há que agir, e não deixar que esta semente da perdição continue a crescer.