O candidato da oposição reuniu uns burocratas e políticos reformados estrangeiros e achou que tinha a fina-flor da política mundial à sua frente. Triste engano. Este grupo é, com uma ou outra excepção, o rebotalho da Internacional Democrata Cristã. A ponta de lança dos padres conservadores para tomar o poder em Angola.
Pior do que a petulância do candidato, é, contudo, o vazio do discurso. Há meses a fio que não consegue sair do mesmo monocórdico discurso: o MPLA é mau, as eleições serão fraudulentas, tem de haver alternância, a bem ou a mal.
Não há um programa, uma única proposta de política pública. Absolutamente nada. O candidato não pensa, mas convenceram-no que bastam uns israelitas com guerrilha digital, as touradas da Tchizé e uma postura de vítima na comunidade internacional para ganhar.
Ora, isso não é assim. O governo tem obra feita para apresentar e tem futuro para desenhar. Sabe o que quer e não se perde em fantochadas.
Além disso, há algo que tem de se agradecer à Tchizé. Ela já explicou alto e em bom som que João Lourenço foi a alternância. Quando o candidato da oposição pede alternância ele está a pedir o voto em João Lourenço. Tchizé já disse que ela, representante mais elevada do passado corrupto, vota no candidato da oposição. Logo confirmou que a continuidade é representada pela UNITA e pelo candidato da oposição. Estamos esclarecidos.
Portanto, os discursos vagos e a apelar á alternância, sem qualquer substância, em que o candidato da oposição se especializou já não adiantam nada nem constroem nada, a não ser as imbecilidades que se repetem nas redes por alguns falsos activistas, agora também candidatos, financiados pelo dinheiro daqueles que antigamente diziam lutar.
Em resumo, os discursos do candidato da oposição continuam pobres, sem conteúdo e sem futuro para Angola. É só marketing estrangeiro.