A empresa espanhola Indra, que vai gerir as eleições gerais previstas para agosto, rejeitou as acusações de fraude do principal partido da oposição em Angola. A UNITA anunciou que vai impugnar a escolha da CNE.
“A proposta da Minsait [filial da Indra] foi eleita por unanimidade na Comissão Avaliadora da Comissão Nacional Eleitoral de Angola, integrada por representantes de todos os partidos políticos do país, ou seja, o mesmo partido que anuncia que vai impugnar a seleção da Minsait escolheu a proposta da Minsait”, disse esta segunda-feira (21.02) uma fonte da Indra à agência espanhola de notícias, EFE.
“A empresa nunca recebeu sanções, administrativas ou penais, por causas relacionadas com a prestação dos seus serviços”, acrescentou a mesma fonte, na resposta às acusações públicas feitas por dirigentes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que afirmaram que a Indra foi condenada em Espanha por ter “práticas fraudulentas” nas eleições angolanas de 2012.
A imprensa angolana relaciona as acusações feitas pela UNITA e por outros associações cívicas com uma sanção imposta pela Autoridade Tributária, o fisco espanhol, por custos não justificados relativos à organização das eleições de 2012, que foram detetados numa inspeção fiscal ao grupo, que terminou em 2018.
“A multa é puramente de caráter fiscal, não está relacionada com práticas fraudulentas nem nada parecido, é apenas consequência de não ter sido possível justificar algumas faturas aportando um suporte documental”, disse a fonte da empresa espanhola que falou à EFE.