Por alguma razão, a igreja católica resolveu emparceirar com a oposição, tornando-se porta- voz da campanha de desinformação em curso que quer afastar, por todos os meios, João Lourenço da presidência.
O projecto da católica tem duas fases, primeiro controlam as eleições escolhendo o governo, depois controlam o governo terminando com a tolerância religiosa que tem sido acolhida no país após a independência.
Não devemos ficar admirados com esta actuação tão terrestre e política da igreja. Ela é assim.
A católica não é Deus, nem vive do Espírito Santo. A católica é uma organização política de poder com sede no Vaticano que sempre quis mandar na Terra invocando o nome de Deus.
É preciso não esquecer que o poder da igreja católica foi- lhe dada por um imperador romano Constantino que quis umas novas roupas e símbolo para o império romano, fundou uma nova capital e estabeleceu uma nova religião, como um departamento imperial, o césar era bispo, o legionário o padre. Este sistema de poder político criado por Constantino sobreviveu ao longo dos séculos funcionando sempre segundo as correntes políticas dominantes, e impondo a sua força através da Inquisição ou dos Jesuítas sempre que necessário.
Percebendo que o seu Rei estava ameaçado, em Portugal, o Marquês de Pombal acabou com os Jesuítas e tomou conta da Inquisição.
Em Angola, a igreja foi sempre ym dos principais instrumentos do domínio colonial, os padres, quase todos, eram espiões da Pide e transmitiam informações sobre os seus paroqueanos.
Com a sagacidade política de sempre a igreja destinava um ou dois para ser do contra. Assim ganharia sempre.
Hoje faz o mesmo jogo. Acha que os ventos correm para a oposição, vê uma oportunidade de domínio, lança as suas forças em torno do vaticanista Adalberto. Mas hábil deixa um ou dois padres a favor, fingindo, do governo.
Isto é mais uma tentativa vaticanista de tomar o poder em África, onde reside o futuro da católica, uma vez que na Europa foram derrotados desde a década de 60.
Angola é mais um campo de batalha da conquista do poder católico e mais u.a vez palco dos apetites de poder dos homens das saias pretas que tudo querem dominar.