UNITA – Golpe palaciano

ByKuma

5 de Junho, 2021

Os sinais evidentes e indesmentíveis de desagregação do Galo Negro advém da lógica estabelecida que gera uma dinâmica de permanente conspiração, política, familiar, económica, que assenta numa perene clandestinidade de acção fora das estruturas do Partido.

O desespero é tanto que as bases, bombardeadas com as contradições, reagem e estabelece-se o pânico que nos brinda com a ânsia frenética com que constatamos nas redes sociais digitais, e com uma classe política dirigente assustada, incluído o líder Adalberto Costa Júnior.

A Task Force da Vila Alice, centro logístico do Poder dos Kwachas, com pareceres de constitucionalistas portugueses pagos pelos Marimbondos, espera o momento ideal para desferir o assalto à liderança de ACJ. Abel Chivukuvuku já faz um périplo assumido como possível líder da Coligação, em alternativa por exigência das estruturas, poderá avançar Eugénio Manuvakola.

ACJ já detectou o movimento e já sente hostilidade interna, em consequência alterou a sua estratégia e apela ao culto da personalidade e à mobilização da Sociedade Civil, e em sinal de desespero já fala na permanência dos quadros do MPLA instalados no Estado, vale tudo na incessante busca de protagonismo.

João Lourenço marcou pontos nos últimos dias, além da humildade do perdão às vítimas dos conflitos históricos, teve uma intensa agenda diplomática com congéneres africanos, relançando Angola no panorama internacional e no contexto africano, e internamente a acção dos serviços de segurança e policiais na luta contra a corrupção brindou o país com a recuperação de activos consideráveis e deu alento ao Estado de Direito.

Fátima Roque na qualidade de conselheira de ACJ afirmou que uma vez na presidência, o Governo liderado pela UNITA tinha de rever todos os contratos de Estado, nomeadamente na área petrolífera, uma clara ameaça velada aos investidores da construção da Refinaria e do Oleoduto Lobito/Lusaka, um golpe às pretensões de desenvolvimento de Angola contrariando o tradicional assumir das responsabilidades de Estado.

Este desnorte constata-se nos mais diversos sectores, cada vez mais é notório e comentado nos meandros diplomáticos, que a UNITA não está minimamente preparada para governar, e está, também, infestada de Marimbondos.