UNITA – nada ao acaso

ByTribuna

21 de Maio, 2021

A dependência obriga ao cumprimento, a premeditação cumpre-se com cegueira da realidade; neste caso o desiderato é a opção única do Poder sem olhar a meios.

Com o retorno ao país de Adalberto da Costa Júnior depois da cruzada promocional e explicativa, entra em fase seguinte uma etapa que não fora a Pandemia, já estaria cumprida ou abortada. O general Paulo Lukamba Gato, o elemento com mais força no actual Galo Negro, veio publicamente a terreno, não por acaso, manifestar o desejo de se dar vez a Cabinda e discutir-se a sua autoderterminação, isto numa altura em que na viagem de ACJ fora-lhe dito para iniciar as Convulsões Sociais pelo território cabindense para enfraquecer Luanda.

Está esta gentalha permanentemente a invocar o nome de Jonas Savimbi, mas o fundador da UNITA outorgou o Acordo do Alvor que consagra Cabinda como território de Angola, e os subscritores fizeram-no em consonância com o plasmado por unanimidade na OUA -Organização de Unidade Africana em obediência às fronteiras coloniais.

Sabe-se que quem não tem noção de Estado, por ignorância, relativiza estes compromissos não tendo a ideia da sua importância no contexto das nações, e da submissão a Tribunais Internacionais. Aliás, este é dos receios de muitos angolanos, a possível aproximação da UNITA ao Poder com elementos nubívagos, sem qualificação para governar.

ACJ com uma agenda imposta do exterior, com os balões de oxigénio esvaziados e colado ao fundamentalismo islâmico, joga agora no charme sobretudo junto do eleitorado feminino, não irão faltar-lhe passerelles e palcos iluminados, mas cada vez mais, os milhões de angolanos detectam que o rei vai nu.

Kuma