A festa acabou, nada mudou

ByKuma

24 de Novembro, 2025

O caldo temperado para a festa entornou-se, a indiferença do País ao futuro da UNITA alertou os figurantes disfarçados no mesmo palco, o aparelho assinalou como democracia o ato representado pelo idiota útil Rafael Massanga Savimbi, mas na hora da fotografia colocaram-se todos em busca de um lugar no retrato do bacharel tirano psicopata intrujão ACJ “Betinho”. Desta vez não viajou enquanto em Angola, calma e ordeiramente, chegam comitivas de todo mundo atraindo os olhos dos que acreditam na Paz, na Liberdade, e na Cooperação. O líder da Oposição anda nas províncias a incentivar as autoridades tradicionais, trajando-se no regresso ao passado, confundindo cultura com oportunismo, aproveitando, à moda do colono, dividir para reinar. Aliado a este desiderato, a sua fragilidade já não mobiliza a arruaça para desacreditar a estabilidade do País, na liderança da oposição a UNITA já não está na linha de frente, há uma força silenciosa que acompanha a crescente importância de Angola no mundo.Ao contrário  do que afirma a “papisa” Mihaela Webba, a UNITA é passível de regulação constitucional e fiscalização da justiça, e há claramente ilegalidade factual na escolha dos delegados ao Congresso, é uma coincidência o facto de só os “Gatistas e Costista” tenham as quotas em dia para que sejam únicos com direitos estatutários. O Tribunal Constitucional pode e deve, fiscalizar e conferir legitimidade às decisões emanadas do XIV Congresso do Galo Negro. Tenho a certeza que voltaremos a este assunto diante das reações que se esperam.É pena que face ao manancial de oportunidades que se abrem nestes Fóruns internacionais, que Angola viva uma crise de representatividade de espectro partidário, com uma corrente que teima em amarrar o País às correntes do passado, esta maldita herança está a trancar portas aos mais jovens livres, ao bloquear as possibilidades de acesso às parcerias possíveis de momento. Não é só o Estado que necessita de uma Refundação, é também a postura de uma Banca acomodada, viciada, dominada por desejos pessoais de enriquecimento fácil, apenas promovendo o crédito ao consumo, sem capital de risco para fomentar o desenvolvimento jovem. A desburocratização tem de valorizar todos os elos do desenvolvimento, o Estado tem de exercer o seu Poder na Regulação e Fiscalização sectorial, para isso está em marcha uma reciclagem na Justiça, elo fundamental para a credibilidade democrática dos passos seguros que estão a dar-se com o emergir da Nova República.