No seguimento da campanha cada vez mais intensa contra os festejos do Cinquentenário da Independência Nacional, o “Rei Katito do Mbalundo (pequeno)”, Lukamba “Miau” Gato, na sua visão sempre assente na vertente externa, veio assinalar a Conferência de Mombassa (1974), quando Jomo Kenyatta, então presidente do Kenya (1964-1978), conseguiu reunir Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Savimbi, para tentar um consenso que levasse Angola receber unida a sua Independência, e por isto, deveria ser um dos condecorados por João Lourenço.
Primeiro, diz-nos a história, e eu acompanhei na altura, o encontro dos três líderes revelou-se um fracasso total.
Segundo, foi num encontro entre António Spínola, presidente do MFA e de Portugal, que no seu encontro com Mobutu Sese Seko, em Cabo Verde, que desbloqueou as incompatibilidades entre os militares revolucionários, que se repartia por uma Independência imediata ou acordá-la por uma transição de 10 anos.
Leopold Senghor, presidente do Senegal, deslocou-se a Lisboa e com a garantia conjunta com Keneth Kaunda, presidente da Zâmbia, pressionaram Portugal e, a facção de Extrema Esquerda do MFA, liderada por Costa Gomes e o Poder nas mãos de Otelo Saraiva de Carvalho, e a estratégia estar nas mãos de Melo Antunes, que tinham já em Luanda, com ligação ao MPLA, Pezarat Correia e Correia Jesuíno.
Perante a Revolução dos Cravos em 25 de Abril de 1974, Jonas Savimbi ficou sem chão, a FUA de Falcão diluiu-se no MPLA, e perante a anarquia que quase provocou uma Guerra Civil em Portugal, Angola transformou-se num palco de disputa dos blocos dominantes na Guerra Fria.
O resto já aqui foi escalpelizado, há muitas verdades e a verdade de facto, essa fica para os pacientes historiadores, mas há factos indesmentíveis, e a UNITA ou as UNITA’s, têm muito para responder perante o País, em defesa da democracia, da liberdade e da fraternidade.
O que fizeram aos patriotas nacionalistas que visaram sempre o diálogo, a concertação com os olhos postos na Paz e uma via dialogante?
Onde está Jorge Sangumba?
Onde está Tito Chingunji?
Onde está António Vakulukuta?
Onde está Valdemar Chindondo?
Onde está Samuel Sachiambo?
Onde está Martinho Epalanga?
Onde está Altino Sapalalo”Bock”?
Meu Caro Lukamba “MIau” Gato, ninguém lamenta mais do que eu os fundamentalismos inquisitoriais no Galo Negro, sabes onde andei, o que me dediquei a guardar a minha UNITA, pergunta ao Chambassuku, está vivo, mas infelizmente, embora te tenha como um homem sério, sabes que sempre te achei ditadorzito, queres subserviência, por isso vives escondido, sabes que na UNITA jamais vencerá umas eleições, caregas as marcas do que fizeste a pactuaste, tens cicatrizes que retratam uma caminho longe que te leva a não querer festejar o Cinquentenário da Independência da nossa Angola.
Nunca é tarde, Angola festejará muitos cinquentenário nos seus amanhãs invencíveis, reconcilia-te contigo mesmo, sai do teu esconderijo, mostra o teu peso, desafia o diálogo e contribui para um futuro com esperança, tens o legado da parceria da Paz, não desperdices.
África está a pagar um preço demasiado pesado para ser Livre, os pioneiros das independências moldaram um Sistema desastroso de lideranças, todos carregamos uma herança dorida, cabe-nos a tarefa da mudança, temos de ser fiéis na Refundação que urge implantar, o tempo da UNITA escasseia, há um grito preso na garganta que vem do coração, é possível uma transição pacífica, aveludada, juntemos as mãos e os corações, vamos implantar uma Nova República.