Fretes essenciais

ByAnselmo Agostinho

20 de Julho, 2025

Lá ouvi mais um programa da produção conjunta Zenú+Graça Campos. O objectivo desta vez era declarar Kopelipa e Dino como inocentes e fazê-los subir ao altar como Santos de Angola.

O Graça e o Teixeira vinham com a cábula patética armando-se em avaliadores de prova, que não ouviram nem conhecem, decretando a total inocência de Kopelipa e Dino, se o ridículo matasse caíriam naquele momento fulminados.

Outros participantes tiveram uma postura mais equidistante, técnica, um deles, uma advogada até falou de conflito de interesses de Kopelipa ao ser ministro responsável e detentor de empresas privadas que comercializam activos debaixo do seu controlo. Mas foi calada. Não interessa o que as outras pessoas diziam, só o vómito da cábula conjunta do Graça e do Teixeira, sábios juristas.

É evidente que o PGR fez, neste processo, o que tem feito habitualmente, prejudicando o verdadeiro combate à corrupção.

Contudo, entre as falhas jurídicas e técnicas e a santidade vai um longo abismo, que só os avençados não percebem que existe. Mas também cada vez se percebe que tem de haver uma solução global para estes casos.

Uma solução global trazida pela Nova República, com um nova Constituição, um novo Estado, e talvez como escreveu ontem o nosso chefe de redacção Kuma, uma amnistia geral, mas que terá de ser condicionada ao cumprimento de certos requisitos de entrega definitiva de activos e afastamento da vida política, directo e indirecto, por um determinado período de tempo.

A aceleração do processo de formação da Nova República é urgente. O presente estado de coisas não tem outra solução que não seja uma ruptura constitucional e sistémica.