Herança de vícios persistentes, ódios e medos do presente, cegueira narcisista e oportunista, calam uns e silenciam outros, mas todos desejam uma ruptura com o Texto Constitucional, no sentido de protagonizar uma Nova República, que faculte uma nova estrutura do Estado aos cidadãos.
Há uma fronteira que esconde este desejo consensual, a postura assente numa mentalidade libertadora, que sufoca a abertura a um novo paradigma político.
Há também a incompreensível contradição do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior. Se está na sua mensagem repetitiva a ideia de uma revisão constitucional se fosse eleito presidente, porque não tem esse direito João Lourenço, no exercício de funções eleito democraticamente?
A nossa ideia de uma Nova República tem rasgado caminhos e encontrado consensos, e essa conquista imprescindível ao futuro do País, deve começar por eleições constituintes, formalização de novos Partidos, e eleições gerais enquadradas numa nova Constituição.
Não se pode esperar mais, 50 anos foram demasiados para consertar uma nova Cidadania, podemos até durante o tempo de transição ponderar anexa à próxima Constituição uma Amnistia Geral, para que tenhamos um recomeço limpo, relegando para a História todos os caminhos da Libertação Nacional, estamos na fase da Construção Nacional.
O Senhor Presidente da República, conquistou espaço internacional que lhe facultam autoridade para liderar o Processo de Transição, a meu ver, se não perdermos mais tempo, poderemos ter eleições gerais a 11 de Novembro de 2027.
Não sou jurista, deduzo que não seja fácil esta viagem até ao Tempo Novo, mas pelo eco da ideia, pela força dos cidadãos em busca de uma classe política patriótica, estão criadas todas as condições para decididamente apostar na Nova República.