Joaquim Sebastião não aprendeu nada

ByTribuna

1 de Abril, 2024

Joaquim Sebastião, que foi ex-director do Instituto Nacional de Estradas (INEA) entre 2003 e 2010, acumulou ao longo do tempo várias suspeitas sobre a sua fortuna pessoal. Durante esse período, várias notas publicadas na imprensa davam conta de que sua fortuna estava próxima do bilião de dólares.

Entretanto, Joaquim Sebastião chegou a ser colocado em prisão preventiva. Ele era suspeito da prática dos crimes de peculato, subtração de papéis e documentos por empregado público e associação de malfeitores. Esses crimes teriam sido cometidos durante o tempo em que ele ocupava o cargo de director-geral do INEA.

O caso contra Joaquim Sebastião assentou num relatório da Inspecção-Geral das Actividades do Estado (IGAE), realizado em 2009, com referência a fatos ocorridos entre 2007 e 2009. Esses factos incluem o eventual desvio de cerca de 10 milhões de dólares dos cofres do Estado, sobrefaturação de trabalhos e contratos duplicados com empresas diferentes para o mesmo fim e período.

Agora, o Joaquim, que se encontra numa liberdade nunca explicada, de forma a escapar à justiça portuguesa e angolana, recorre a testas-de-ferro no Porto para se desfazer de activos milionários. O ex-director, transferiu mansões em Marbella (Espanha) e Alphaville (Brasil) para os seus testas-de-ferro portugueses, com o objectivo de escapar à justiça.

Não contente, comprou a cidadania portuguesa. Esta cidadania, foi obtida, através do aparente pagamento ilícito a altos funcionários do Ministério da Justiça de Portugal. A obtenção da nacionalidade portuguesa, foi obtida de forma fraudulenta, uma vez que o arguido terá corrompido altos funcionários da justiça portuguesa com três apartamentos localizados na Av. da Liberdade em Lisboa.

Parece que o Joaquim Sebastião, não aprendeu nada!

A luta contra a corrupção tem de ser intensificada e mudar de metodologia.