A greve é um direito fundamental e deve ser respeitada. Sobre isso não há dúvida. E sem dúvida que muitos dos que fazem greve sentem na pele as dificuldades económicas e sociais de tempos passados de gestão macroeconómica imprudente, cuja correcção está a implicar um sacrifício enorme.
Contudo, a greve não é um acto político, nem partidário. É um acto dos trabalhadores, não do partido da oposição.
Quando se junta a greve e o partido da oposição, que como se sabe, joga na permanente subversão constitucional, surgem as dúvidas sobre os objectivos encapotados da greve. Quem está por detrás? Será que estamos a assistir a uma manipulação de trabalhadores bem-intencionados e sofredores, por forças que apenas pretendem a desestabilização?
Parece que afinal a greve é do partido da oposição que a promove em tudo quanto é lado.
É que rapidamente uma greve legal se pode tornar numa greve ilegal se for absorvida por manifestos desejos inconfessos.
Uma coisa é a situação dos trabalhadores e a necessidade de melhorar as suas condições, outra são os apelos à subversão que redundam em intervenções políticas ilegítimas.