Circulam notícias segundo as quais a Ministra da Finanças ficou horrorizada na sua visita ao Moxico com o grau de inexecução do PIIM. Aparentemente, mais de 90% está por fazer e não é por falta de dinheiro. É falta de vontade, competência, organização e o habitual, corrupção, clientelismo, etc.
Esta é uma verdade. Há meia-dúzia de pessoas empenhadas em transformar a visão do Presidente da República de uma Angola moderna e próspera numa realidade, por exemplo, traduzida na notícia que o primeiro comboio com minério de cobre do Kolwezi (Congo) chegou ao Lobito, mas existe uma larga maioria que “se está nas tintas”, apenas continuando a procurar o seu enriquecimento pessoal para colocar activos em Portugal e na Europa. Este é o problema essencial. Não há empenho, competência, organização.
É, por isso, que a Nova República, é fundamental. Não é mais uma nova constituição, ou novas leis. Mas um novo espírito, uma nova cultura, que privilegie a competência, a organização, o trabalho dedicado, o esforço, a produtividade em Angola. É uma república patriótica que não foge para Portugal ou Barcelona, que investe em Angola, trabalha em Angola, se esforça em Angola.
A competência, o cuidado com o detalhe, o esforço com a organização e a boa gestão têm de ser os paradigmas da Nova República, rompendo com o amiguismo, o clientelismo, as “bocas-pagas” (um dos actuais principais cancros em Angola). Tem de existir uma renovação de quadros, de mentalidades.
É esta a Nova República que tarda.