O pior cego é aquele que por ignorância ou maldade não quer ver. Óscar Ribas era cego e deixou-nos uma herança para a eternidade.

Os Estados Unidos da América tornaram-se a primeira economia do mundo, rasgando o território com ferrovias que atravessaram do Atlântico ao Pacífico transportando o progresso.

O Japão tornou-se a segunda economia do mundo com as suas ligações ferroviárias famosas, encurtando caminhos, sendo mesmo um factor fundamental de coesão nacional.

Na Índia, maior rede ferroviária mundial, com todas as deficiências, é um elo fundamental de integração e descentralização demográfica, sem os comboios seria o caos.

A Europa tem como grande desafio até 2050 a ligação ferroviária do Atlântico aos Urais, o comboio de alta velocidade para passageiros e carga (TGV), é hoje uma realidade.

No tempo colonial, em Angola, o comboio foi um factor de desenvolvimento ímpar, o CFB, Caminho de Ferro de Benguela, criou o maior eixo de desenvolvimento do território, baluarte de trocas comerciais entre o litoral e o interior.

No seguimento da dinâmica de desenvolvimento encetada por João Lourenço, além da notória exigência contínua no sector da aviação, temos em perspectiva o maior investimento em África na ferrovia, Corredor do Lobito já com centenas de empresas da logística a transportes complementares, e a ligação Luanda-Kinshassa, criando uma dependência das economias da RDC e da Zâmbia de Angola, no seu acesso ao mar.

Até os corruptos tomados pela cegueira da maledicência, têm oportunidades únicas de investimento nas suas próprias terras, no seu país, a lógica do petróleo está ser ultrapassada com coragem e determinação, é um ciclo que não pode ser interrompido, o mundo está com olhos postos em Angola, cabe aos angolanos vencer o desafio. em 2030 se olharmos para trás, veremos, com certeza, como desperdiçamos quatro décadas da nossa grande conquista.

A REFUNDAÇÃO exige esforço e coerência, esforço na implantação de uma Nova Constituição, coerência com uma amnistia capaz de dar a todos a oportunidade de um tempo novo.

Pela Nova República…!!!