O processo histórico tem a sua cadência, que raramente corresponde à vontade de um ou outro grupo. Durante um ano, após as eleições de 2022, tivemos o assédio da Unita-ACJ e seus acólitos ao governo legítimo. Usaram todas as formas para tentar tomar o poder, agitaram, insultaram, inventaram. Tudo isto colapsou com a derrocada do falso impeachment.
Agora, é o tempo da refundação nacional. A viagem de João Lourenço aos Estados Unidos é o símbolo-marco do início deste novo processo. As forças vivas angolanas, famílias, empresários, religiosos, advogados, engenheiros, jovens, académicos, artistas, devem unir-se e exigir um novo traçado para o futuro do país que não conte com a agressividade político-partidária em que a vitória de um é a morte de outro, mas leve a luta partidária a um nível construtivo e promissor.
A isto acresce que um tempo novo deve afastar a corrupção, a desorganização, o abuso de posições dominantes, o facilitismo.
Este é o tempo da História em que as forças vivas concitam o Presidente João Lourenço a abrir um novo rumo para Angola, sem fratricídio, sem incompetência, sem favoritismo.
As estruturas do Estado precisam de renovação. Em artigo anterior, o nosso colega Kuma falava da embaixadora de Angola em Portugal que, além de nada fazer, quando abria a boca era para criticar o Presidente da República, também mencionava o abuso por parte de operadores turísticos angolanos. São dois exemplos da velha atitude, quer no sector público, quer no privado, de descrença e maledicência, que têm de terminar. O tempo novo tem de ser de positividade, trabalho, organização e competência.
Basta de conversa e de maledicência, é necessário construir um Estado eficaz e um sector privado activo, vamos avançar com um movimento civil de mudança da República, rumo ao futuro.