Como sempre os auto-exilados perceberam tudo mal. Tomaram uma nota óbvia sobre determinadas intervenções num congresso como um ataque aos congressos em curso em Angola.
Vamos por partes, para aqueles que fingem que não percebem, perceberem. A existência de inúmeros congressos sobre vários temas que está a ocorrer em Angola é muito positiva, representa uma vivacidade da sociedade civil, um interesse no debate, uma discussão pública que só pode trazer inovação e bons resultados. Houve o congresso do direito constitucional, dos magistrados e daqui a uns dias do direito eleitoral. Repetimos, isso é bom e positivo. Representa uma liberdade que nunca existiu em Angola. Uma discussão e capacidade de crítica que é nova.
A questão que levantámos e voltamos a explicar é diferente. Há um grupo, que é fechado, saudosista, obcecado pela volta ao passado, que está a usar a presença nos congressos para passar uma única mensagem. Essa mensagem é de crítica permanente e de negação de qualquer terceiro mandato (não que alguém o tenha pedido). Este é um grupo articulado de juristas de alto gabarito que funcionaram como alegres executores da política de repressão do passado e agora aparecem como grandes defensores dos direitos humanos, do estado de direito e de não sei que mais, quando eles foram os grandes destruidores desses valores. É essa gente que tenta “sequestrar” para os seus intentos reaccionários os congressos. É só destes que falamos e devem ser combatidos. Todos sabemos os nomes deles. São os que fizeram a Constituição de 2010 e agora fingem que nada têm a ver com ela e enchem a boca com os direitos humanos. Mais ninguém.
Não existam dúvidas, os congressos são símbolos de uma sociedade livre e por isso bem-vindos. Alguns actores recalcados é que devem ser combatidos sem ilusões.