A história de Unita é uma história de mercenarismo e divisão dos angolanos.
Hoje, já há provas bastantes e relatos do papel da Unita como ajudante e colaborador da PIDE (polícia política do fascismo português) e das forças armadas lusas em Angola, chefiadas pelo general Costa Gomes. A Unita foi uma arma do colonialismo português contra a independência de Angola até 1974.
Depois disso, nos anos 1980s, é inequívoco que a Unita funcionou como procuradora militar da África do Sul racista e da direita radical dos Estados Unidos. Mais uma vez dispôs-se ao papel de mercenária de forças externas, servindo também de base dos portugueses saudosistas do colonialismo.
Só a partir de 2002, a Unita ensaiou o seu estabelecimento como um partido angolano, embora com bastantes traços étnicos, abandonando o papel de fantoche do estrangeiro. Foi um processo lento e doloroso, mas que estava a ter algum sucesso e a transformar a Unita num verdadeiro partido democrático e civil.
Esta evolução terminou em 2019, com a ascensão do fantasista bacharel Adalberto, a Unita tornou-se, de novo, um instrumento de terceiros. Desta vez dos marimbondos. Neste momento, a Unita não é mais do que o repositório daqueles que querem voltar ao passado e à corrupção. Transformou-se num mero instrumento de tomada de poder daqueles que o perderam.
É essa evolução que tem explicado o comportamento da Unita. Desde Agosto de 2022, a Unita não pára um minuto. O único objectivo é derrubar João Lourenço e são criados ou inventados factos todas as semanas. Manifestações, agitações, escândalos, intrigas. Há, obviamente, um plano de desestabilização permanente que vai sendo aplicado.
Neste momento, temos a fábula da destituição do Presidente ao mesmo tempo que as redes sociais criam factos inventivos sobre participações comerciais de João Lourenço e seus filhos. As mentiras tornam-se verdade, a verdade é transformada em mentira. O país é ignorado. A Unita não apresenta uma única política alternativa. Apenas faz barulho e promove todas as formas de subversão.
Todas estas actividades, mais os financiamentos ilícitos, e a conspiração generalizada em que a Unita está inserida são do conhecimento das autoridades, por isso, talvez este seja o momento do “impeachment” da Unita, o que quer dizer da sua dissolução.
A acção de dissolução da Unita com base em práticas anti-patrióticas deveria dar entrada no Tribunal Constitucional e o carnaval passaria a ser só em Fevereiro.