Com as Leis de Revisão Constitucional de 1991/1992, em Agosto de 1992 deu-se início à Segunda República de Angola, sepultando, com o multipartidarismo, a Primeira República da República Popular de Angola.
Já nessa altura a UNITA surgiu como favas contadas a conquista do Poder, instalou-se o caos, semeou-se o medo, e demoraram dez anos de guerra civil, até que o Galo Negro alienado ao imperialismo americano e enfeudado no Apartheid racista da África do Sul, fosse derrotado militarmente, humilhado politicamente, e se acantonasse à sombra da misericórdia de José Eduardo dos Santos.
A Segunda República nasceu e cresceu geminada com uma traição crónica da UNITA, aos ideais de liberdade, democracia, e Nação Independente. A UNITA nunca abandonou a clandestinidade, delapidou recursos do país, ceifou milhares de vidas, alimentou uma tirania paranóica, e enraizou fundamentalismos racistas e tribalistas, sem nunca se ter adaptado ao Estado de Direito Democrático e respeitado as suas instituições.
Silenciada pelas mordomias que o Poder lhes proporcionou, perderam-se em traições e questiúnculas internas, até que em 2019, num golpe palaciano, o manobrador de José Eduardo dos Santos, o privilegiado Lukamba “Miau” Gato, da sua luxuosa mansão na Vila Alice e da casa de de luxo de férias em Joanesburgo, de intriga em intriga, de ameaças em ameaças, colocou o psicopata ACJ “Bétinho” na liderança do Galo Negro.
Desde então, de comunicado em comunicado, de manifestação em manifestação, em viagens e sessões de fotos no estrangeiro, o tirano insano e ignóbil, tem-se repetido em actos subversivos, em arruaças, em discursos insanos, colocando o país num Período Revolucionário Permanente em Curso, com custo tão elevados que urge estancar de raiz, através de uma reconfiguração do Estado.
Uma Nova República impõe mudanças que podem ser antecedidas de um Referendo, e perante a incapacidade poderá haver necessidade de alterações drásticas, a Democracia implanta-se e defende-se de várias maneiras, mas sempre em Liberdade.
Nos Estados Unidos a Justiça é dirigida pelo Secretário da Justiça, cargo de Ministro da Justiça, existe a PGR mas subordinada ao Governo. Uma coisa é certa, as ineficiências e o sentimento de impunidade atingiram um tal ponto de insanidade que necessitam de higienização, só com uma limpeza de base, decepando de vez, este carnaval nauseabundo que a UNITA e o seu líder psicopata ACJ “Bétinho”, teimam com ruído açoitar quotidianamente.
Agora, permitam-me, interpelo eu:
Terá o psicopata tirano ACJ “Bétinho” idoneidade, honorabilidade, para se fazer representar em nome de alguém, na Assembleia Nacional de Angola?
O cargo de liderança da UNITA é partidário, cada qual tem o que merece, mas um deputado nacional, candidato constitucionalmente a presidente da república, não pode trilhar o lodaçal a caminho do pântano, com o risco de levar o país para o abismo.
Senhora Presidente da Assembleia Nacional, detentora de uma Maioria Parlamentar confortável, de que lado está politicamente, do lado do Senhor Presidente da República?