O tribunal inquisitorial clandestino, usando das suas ancestrais prerrogativas, acusou, julgou e condenou o intruso excomungado do MPLA, que encontrou, como muitos, na UNITA um porto de abrigo.

Enquanto Raúl Diniz com a sua indecente verborreia insultou, denegriu, agrediu e caluniou o MPLA e João Lourenço, foi acolhido pela central da insurreição subversiva, colocou a filha como deputada, faz parte do grupo restrito do bacharel ACJ “Bétinho”. No entanto, quando ganham protagonismo que ensombra o ego do líder, Aqui Del Rei, há que sentenciar ao silêncio até à oportunidade da humilhação pública.

A ignorância da história cria armadilhas, Jorge Sangumba foi humilhado física e intelectualmente até à morte, fez sombra ao chefe, Wilson dos Santos e Tito Tchingunji foram para baixo da terra com a família integralmente fuzilada. Jaka Jamba chegou a pegar na enxada para cavar nas lavras de milho, e os mandantes e cúmplices estão aí, nem sequer são escrutinados pela justiça.

Convidado de honra no Congresso da UNITA que elegeu o bacharel ACJ “Bétinho”, o terrorista e marginal foragido da justiça Gangsta, foi protegido, financiado, até que os mandantes saudosistas do colonialismo se assustaram porque o bacharel ACJ “Bétinho” estava a ser ultrapassado no popularucho mundo em que gravitam. Protegeram-no até Londres, colocaram-no num apartamento com amigos no bairro de Wembley, e silenciaram-no pelo medo, táticas antigas.

Habilmente Isaías Samakuva aproximou-se dos herdeiros de Savimbi, incompatibilizados com a UNITA actual, e num rasgo político e intelectual, solicitou um encontro com o Senhor Presidente da República, e como consequência o próprio Partido que durante anos liderou, proporcionou-lhe uma “rentrée” política que colocou a nú as fragilidades do Galo Negro. Em poucas horas tivemos revelações que nos fazem crer que Samakuva não está só, a par de José Pedro Catchiungo, têm com eles uma faixa significativa de deputados na Assembleia Nacional, podem mesmo, civilizada e democraticamente atingir os dois terços com o MPLA para a revisão constitucional.

Claro está que todo este cenário faz regressar à política activa o sargento Lukamba “Miau” Gato, o ódio de estimação a Samakuva obriga-o a avançar com mais visibilidade.

Quantos coelhos matou João Lourenço com esta cajadada? Os próximos tempos revelar-nos-ão a pandemia no SOVISMO.