Atenção ao fascismo de ACJ: Expulsões na UNITA

ByTribuna

12 de Janeiro, 2022

Distraídas pelas milícias digitais contratadas por ACJ, imitando Bolsonaro no Brasil, e criando um culto de personalidade nunca visto, estão a passar despercebidos os movimentos fascistas de abuso de poder dentro da UNITA por parte de ACJ.

Há que ter medo, muito medo, da ditadura que à socapa Adalberto está a impor, talvez inspirado pelos mesmos ensinamentos vaticanistas que inspiraram o ditador Salazar em Portugal ou Monsenhor Tiso na Eslováquia.

O Conselho Nacional de Jurisdição do partido UNITA suspendeu três dos seus dirigentes entre eles, o antigo presidente da bancada parlamentar e candidato vencido no 13º congresso anulado Estevão José Pedro Katchiungo, deputado e ex-secretário provincial de Luanda José Eduardo e Altino Jamba Kapango, por dois anos.

De acordo com o documento, foram expulsos das fileiras do Galo Negro, também antigos dirigentes e membros de direção do partido fundado por Jonas Savimbi, por se oporem às decisões da actual direção liderada por Adalberto Costa Júnior, e por sinal subscritores de uma carta que se encontra no Tribunal Constitucional, que visa impugnar a reunião que deu a convocação do congresso que reelegeu Adalberto Costa Júnior a presidência da UNITA. Segundo o documento que temos vindo a citar, foram expulsos da UNITA, nomeadamente Ilidio Chissanga Eurico, Amaro Sebastião Caimama, Sócrates Kabela, Elisbei Bemba Satapi, Manuela dos Prazeres de Cazoto, Ana Filomena J. da cruz Domingos e Filipe Mendonça, todos membros do Conselho Político da UNITA.

Há que resistir a este abuso de poder. O que diriam se fosse no MPLA. Maior razão tinha João Lourenço para expulsar Marcolino Moco que se tem excedido em ataques soezes ao Presidente do partido e aos seus colegas.

Na UNITA, há reacções mas muito tímidas, mostrando quão pouco democrático é o partido. O responsável para os assuntos eleitorais do braço juvenil da UNITA, JURA, Roberto Gamba, criticou a decisão, dizendo que não foi estratégico. Isto não é nada. Vários outros membros e militantes da UNITA, mostram-se contrários à decisão de suspensão de José Pedro Katchiungo, alegando que a decisão visa somente, impedi-lo a concorrer às presidenciais do Galo Negro, nos próximos tempos.

O que dizem as almas bondosas que enchem as redes sociais com apelos lancinantes sobre direitos fundamentais, a este abuso total e despotismo pouco esclarecido por parte de ACJ dentro do seu próprio partido?