Em linguagem diplomática e ponderada como lhe é peculiar, o Senhor Presidente da República, na sua intervenção nas Nações Unidas, lançou um alerta sobre um invisível que teima em desestabilizar o Continente africano, que até nem é tão invisível como possa parecer, numa análise factual perante os acontecimentos.
Todos sabemos da ineficácia da ONU em África, razões várias marcam diferenças, entre refugiados da Ucrânia e da Somália, entre a vaga de emigração que varreu a Europa quando da queda do Muro de Berlim e a que atravessa o Mediterrâneo, friamente, somos colocados, ainda, no séc. XXI, perante uma perene ideia do “Negro” como filho de um Deus menor.
João Lourenço sente e sabe quanto custam agressões externas, exploração, guerra, saque, exílios dourados, países sorvedouros da rentabilização da fraude, do crime, explorando as vulnerabilidades africanas nas suas diversas vertentes.
O mundo agita-se na busca de expansionismos em África, a China tomou a dianteira com capital enganador, precisa de matérias primas, a Rússia tenta usufruir da sua solidariedade anti-colonial, e a Europa e o mundo árabe com o seu ímpeto religioso, dispõem de armas poderosas, corrupção, fundamentalismo islâmico, Grupo Wagner e Legião Estrangeira aquarteladas no terreno, com o beneplácito de uma UA – União Africana com resquícios de um passado enferrujado.
O saque permanente e vergonhoso na RDC com uma presença assinalável de mercenários, e a subversão constante em Angola por parte de uma UNITA capturada pelo tirano psicopata ACJ “Bétinho”, totalmente dependente da especulação arruaceira, são exemplos dessa invisibilidade não tão invisível assim, não à toa os alvos de estimação são os Serviços de Inteligência e a Justiça, e vivem alucinados com as autarquias com o objectivo de se recomporem para estimular separatismos popularuchos.
Esperemos que a mesma solicitude de João Lourenço nas Nações Unidas, leve a breve trecho a uma viragem em Angola, o MPLA e a UNITA criaram incompatibilidades insanáveis, silenciaram-se as armas com a derrota militar do Galo Negro, mas muito do que a Paz exige não se completou nem nunca irá completar-se com estas duas faces da mesma moeda, impõe-se uma Nova República, livre e severa, democrática e exigente, sem negociações de Paz, mas com regras e um Estado Democrático de Direito, capaz de as fazer cumprir.
A Nova República tem de ser mais que uma ideia, o futuro exige concretização…!!!