O espectro de esvaziamento político com o desgaste do tempo apenas é novidade pela efemeridade volátil das diversas identidades de um projecto sem alicerces, sem identidade, pela negação do espaço e do tempo, não obstante os revezes que, afinal de nada serviram por esbarrarem numa célula sem pensamento próprio.
Sim, sim, estou a referir-me à UNITA que nos ensinou a não ter confiança pública que sempre se prestou à prepotência psicopática, feitiços, assassinatos, medo, repressão, sabotagem, inadaptabilidade urbana, que com misericórdia alheia transportou do mato para a cidade.
Deve-se a esta filosofia o desaparecimento dos mais nobres filhos angolanos apanhados na malha regional, Jorge Sangumba, Wilson dos Santos, Tito Tchingundji, Waldemar Chindondo,.
Depois tivemos a Renovada que acolheu fugitivos do terror, ou então, estratégia de infiltração, porque acabaram diluídos no seio da Oligarquia Déspota Familiar.
Recentemente tivemos Abel Chivukuvuku a ir e voltar a querer ir de novo para voltar.
A espectacular fuga e infiltração de Sachipengo Nunda que cumpriu na perfeição a traição a Jonas Savimbi, liquidando-o a seguir, ao serviço, ainda hoje, da Oligarquia Déspota Familiar. Não faltam provas evidentes da sua parceria com Chilingutila e Tchindande.
Como sempre os intelectuais, com pensamento próprio, foram eliminados das fileiras, casos de Jorge Valentim e Jaka Jamba, que até nas lavras de milho foram colocados.
Mas chegamos à UNITA capturada pelo psicopata ACJ “Bétinho”, que logo entendeu a rejeição da Sociedade ao Galo Negro e refugiou-se na FPU, essa ficção clandestina que serviu para esconder toda a escumalha contra Samakuva, abrigou ACJ, Chivukuvuku, Lukamba “Miau”Gato, Manuvakola, a trupe toda da traição, uma lança envenenada contra a Angola que tanto tem suportado.
Vejamos a vacuidade política, a indigência intelectual, assento fatal da anarquia:
Ganharam eleições, condenaram tudo e todos, insultaram, agrediram, movimentaram os incautos, tudo fizeram para se mostrarem vencedores numa derrota implacável.
Andaram um ano em sabotagens, em campanhas nacionais e internacionais como autênticos mercenários ao serviço do terrorismo e saqueadores que teimam em forçar Angola a regressar ao passado.
Andaram a pedir eleições autárquicas fazendo delas um alimento de permanente subversão, insultaram, denegriram, pediram a demissão do Presidente da República, mas, agora que se vislumbram as autarquias, a estratégia mudou.
Vamos ter agora uma UNITA, aconselhada por novo opinadores (sempre os outros), a querer partilha de Poder, participar nas instituições, integrar-se na administração nacional e provincial, com a estratégia sempre única, corroer e tomar o Poder por dentro.
Esta semana fez-se festa, e vai haver um banquete no próximo sábado onde estarão os notáveis, mas a estrela é a adesão às (teses?) da UNITA, de Fernando da Piedade Dias dos Santos (Nandô), boa nova dada por Abel Chivukuvuku. Depois de Zé Maria e Higino Carneiro, será?