Estes dois estilos musicais e de dança estão cada vez mais populares além-fronteiras, e isso tem sido muito importante no turismo de Angola.
O semba e a kizomba, são muito procurados actualmente no estrangeiro, e isso tem sido o “cartaz publicitário” do país para atrair muitos admiradores e praticantes a vir conhecer a origem e a história destes estilos.
Este crescente interesse de turistas tem levado a um incremento de visitas ao projecto “Galeria do Semba”, tem tornado aquele espaço, localizado no Centro Recreativo e Cultural Kilamba, no Rangel, em Luanda, numa paragem obrigatória pela configuração museológica na conservação do acervo iconográfico e sonoro do semba, um dos estilos mais apreciados na actualidade.
Uma iniciativa da agência de turismo cultural “Kunanga Life” tem estado a promover vários roteiros turísticos pelo país, onde incluiu na sua agenda internacional de visitas a “Galeria do Semba”. Na semana passada, um grupo de turistas de vários países esteve a conhecer melhor as origens dos dois estilos musicais e danças que conquistaram o mundo. O objectivo, de acordo com um dos membros da agência “Kunanga Life”, é trazer para o país grupos de estrangeiros interessados em conhecer e descobrir os encantos e a cultura dos angolanos.
A ideia é mostrar as origens da Kizomba, que tem no Semba, o seu precursor. Salientou também que trazer turistas ao país e não passar pela “Galeria do Semba” é o mesmo que ir a Paris e não passar pela Torre Eiffel. Por isso, afirmou, fazem sempre questão de colocar a galeria no Roteiro Turístico do projecto “Kunanga Life”.
Os turistas mostram muita curiosidade em conhecer Angola. “Uma coisa são as informações que chegam por via das mais variadas plataformas digitais de informação e outra é a possibilidade de poder estar no local de origem do Semba e Kizomba.”
A presença de turistas no país, disse, ajuda mais facilmente a dar explicações detalhadas sobre a história do surgimento dos centros culturais e recreativos, a gastronomia, os grandes passistas da época e dos principais agrupamentos das décadas de 1970 e 1980. “Uma das curiosidades dos turistas é saber como uma galeria temática e conservada ainda não foi transformada em museu e quais as fontes de sustentação para manter a preservação da estrutura.”
Sugestão: os turistas recomendaram que a “Galeria do Semba”, passe a ter traduções dos objectos e da própria história em francês e inglês, de modo a facilitar a compreensão dos temas expostos. Com a mudança da galeria para museu, disseram, o projecto seria muito mais impactante e o país poderia tirar melhor rendimento com o turismo cultural. Os turistas não saíram de mãos a abanar, porque os gestores ofereceram algumas dikanzas em miniaturas e brindes como recordação.