Há um fenómeno estranho a ocorrer em Angola ao nível da comunicação.
O governo tem uma série de sucessos, desde logo na estabilização da economia, depois do desastre dos anos finais de Eduardo dos Santos. O PIB está a crescer, a inflação reduzida imensamente, o câmbio flutua, o orçamento está equilibrado, a dívida pública controlada. São poucos os países que se podem orgulhar de tais feitos.
Em simultâneo, várias obras infra-estruturais (aeroporto de Luanda, barragens, abastecimento de água e electricidade, etc.) estão em curso, e o país afirma-se a nível externo como uma referência na África Austral, ponto de paragem de todos os dignatários internacionais.
E, no entanto, as boas notícias e resultados do governo são encobertos por uma névoa comunicacional que dita uma agenda negativa e torna tudo obscuro, focando a opinião pública em intentonas e inventonas de más notícias. Existe um filtro negativo que impede que as boas notícias façam o seu caminho.
Essa névoa que forma a peneira que filtra o positivo e incentiva o negativo funciona nas redes sociais de forma intensa, havendo claramente uma “tropa” de soldados digitais (e filhos-família descontentes por já não comprarem champanhe em Paris) sempre a disseminar histórias negativas, seja no Facebook, grupos WhatsApp, TikTok, etc.
Tal “tropa” é complementada por uma série de jornalistas e activistas que usam as rádios e as suas colunas para espalhar a negatividade (não vale a pena dizer nomes, todos sabemos quem são e que estão pagos por vários oligarcas e financeiros com saudades do passado) e tem a fechar o círculo várias agências noticiosas estrangeiras, portuguesas, alemãs, americanas, que abdicando da objectividade e independência, procuram apenas aquilo e aqueles que estão disponíveis para dizer mal do governo. Só os radicais têm voz. Os moderados ou imparciais são mal tolerados e geralmente erradicados.
É esta a névoa que transforma o bom em mau, que transmite uma sempre permanente imagem negativa de Angola.
Obviamente, que este é um combate político e o governo tem de perceber isso e reagir. Não o fazendo, até Angola se pode tornar no melhor país do mundo, mas a névoa assegurará que só sairão notícias negativas.
Há que abrir os olhos e deixar passar o Sol. Há que transmitir as boas notícias, que existem e são muitas.