O mundo está cada vez mais frágil e por consequência mais vulnerável, abalam-se instituições,emergem desequilíbrios, e até as seculares sociedades secretas estão a ser pulverizadas pelo capitalismo selvagem, ostentado por grupos que perderam a vergonha e pensam que o dinheiro compra tudo.
O mais grave é que esta promiscuidade está a fazer caminho, o mundo está com medo, desafiam-se fronteiras, e criam-se bloqueios na busca de uma nova ordem mundial. Há ruídos e silêncios que obrigam uma equidistância, porque as bases são balizadas num tempo de lideranças a prazo, mas que podem deixar marcas que podem deixar feridas que doem e podem inflamar.
Temos em pleno uma feira de vaidades, mas nem tudo que brilha é ouro, e nós em Angola temos de ter redobradas cautelas, podemos ser alvo de apetites directos, mas também danos colaterais. Elon Musk, o capitalista sul africano, é um conhecido financiador da Extrema Direita, e todos sabemos as ligações ancestrais da UNITA com as forças do Apartheid, e a fortuna do homem da Tesla necessita de recursos naturais que abundam em Angola.
Por outro lado, é através do Ruanda que estão capturados os recursos naturais raros numa parte substancial da RDC, daí emerge um conflito militar interno, que pode trazer para Angola muitos milhares de refugiados. Neste mosaico da RDC, que caminha a passos largos para uma desintegração, necessitávamos de uma Angola unida na diversidade, com uma Oposição nacionalista e urbanizada, porque se recorrermos à ancestralidade dos Povos Bantus, naturalmente a Região do Catanga, é uma extensão do território de Angola, e a sua sobrevivência está na dependência do Corredor do Lobito, fundamental para o seu desenvolvimento.
Angola é dos poucos, mesmo raros, países de África que tem todo o seu território catalogado e carimbado com marcos geodésicos, tem as ditas terras raras com fartura, tem terra arável e água com abundância. A água é o petróleo do séc.XXI, e temos uma quantidade de mel de qualidade, capaz de colmatar todas as necessidades da nossa população.
Dentro do historial de Angola dos séc. XVIII ao séc.XX, há dois parceiros fundamentais para o nosso desenvolvimento, o Brasil na agroindustrial, e o Japão no conhecimento e investimento tecnológico, a França poderá ser um parceiro estratégico no desenvolvimento de uma indústria de Defesa, capaz de assumir protagonismo Regional.
Uma coisa é certa, há também, investimento nefasto, a regulamentação e fiscalização serão fundamentais, e temos de vencer o desafio da desburocratização, para isso precisamos cada vez mais de um Novo Parlamento e uma Revisão Constitucional, a estabilidade governativa e tributária são fulcrais para chegar a bom porto.
Como sempre é de se ressaltar, temos uma Forças Armadas fiéis à democracia, temos um Serviço de Inteligência globalmente reconhecido, e temos para já o Senhor Presidente da República como garante da estabilidade e confiança.