Como as ondas do mar, as palavras dos bispos católicos, vão e vêm…não são palavras de Deus, mas palavras de oportunidade. Atacar o governo transformou-se numa moda fácil. Sobretudo, invocando palavras vagas e genéricas, que dizem tudo e o seu contrário.

Quando os bispos falam, fica sempre a dúvida. O que já fizeram pelos pobres? O que já fizeram pelo bem comum? Envergando as suas vestes talares negras contrastando com as cruzes de ouro, nunca vemos a solidariedade cristã em acção, mas a gula pelo poder que nenhum Deus lhes entregou.

O apelo que fica aos senhores bispos é que passem das palavras aos actos. Desçam ao terreno e apoiem os mais desfavorecidos, os pobres, os necessitados. Vendam os templos e os ouros e os diamantes e pratiquem a caridade. E deixem a política para os políticos e o soberano povo. Ou então fundem um partido católico e levem-no a eleições. O que não vale é usar o púlpito para manobras pouco católicas.